domingo, 7 de junho de 2009

Tirania da Comunicação – Ignácio Ramonet

Essa força da comunicação planetária e globalizada exerce, como nunca, um papel ideológico, repressor, opressor, inundando todos os aspectos da vida social, política, econômica e cultural, de modo a se transformar num poder "tirano" em todos os aspectos da vida social e pessoal!
(Fonte: Contracapa)



Decidimos fazer um texto sobre o livro “Tirania da Comunicação” de Ignácio Ramonet, o mais importante do autor e que foi lançado pela Editora Vozes no ano de 1999. Ignácio Ramonet nasceu em 1943, é jornalista e sociólogo.. Ceticismo, desconfiança e incredulidade são boas palavras para definir esse livro. São estes, segundo Ramonet, os sentimentos dominantes dos cidadãos com a imprensa. De uma forma confusa, todos sabem bem que alguma coisa não está certa no funcionamento do sistema de informação.
Tirania da Comunicação inicia destacando a tecnologia digital, que mudou muito o campo da comunicação. E também no primeiro capítulo do livro, ele diz que a informação é uma mercadoria, ideia defendida por Ramonet várias vezes durante a leitura. Essa teoria do autor se deve à necessidade de vendas das notícias. Sensacionalismo e inverdades, segundo ele, são frutos dessa necessidade. O segundo capítulo tem um nome bem sugestivo. “A Era da Suspeita”. Ele se resume, basicamente, à relação do público com a mídia. Ramonet diz que a desconfiança que se tem em notícias hoje vem das décadas de 60 e 70, quando se acreditava que controlando a televisão, se controlariam os eleitores. A segunda era da suspeita baseia-se na convicção de que a mídia não é confiável e que muitas vezes apresenta mentiras como verdades. Ramonet fala em seu terceiro capítulo que os meios de comunicação não dependem do poder político, e que hoje, o inverso é mais comum. A mídia, que por muito tempo foi considerada o “quarto poder”, hoje pode ser tida como o segundo poder, pela sua ação e influência. Segundo o autor, o Jornalismo só fica atrás do poder econômico e é mais poderoso que o poder político. Exemplificando, quando todos os meios de comunicação afirmam um acontecimento como verdadeiro, mesmo que seja falso, não há como duvidar dessa verdade. A mídia forma opiniões, e isso têm um poder incalculável. A respeito do título, embora a comunicação tenha sido durante muito tempo sinônimo de libertação pela difusão do saber e do conhecimento, atualmente revela uma nova faceta. Transformada em ideologia opressora da “comunicação total”, grande superstição moderna, parece que ela atingiu e ultrapassou o seu limite. Para entrar em uma era em que todas as suas qualidades se transformariam em defeitos, as suas virtudes em vícios. O livro é uma crítica aos meios de comunicação que não têm ética, que manipulam o que é noticiado e que vulgarizam seus programas a fim de conquistar o maior número de espectadores, transformando o jornalismo ético e sério em uma mercadoria.

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