quarta-feira, 29 de abril de 2009

O Jornalismo de idéias acompanhado da revolução francesa.

O jornalismo de idéia surge ao lado da revolução francesa, com os ideais iluministas, os jornalistas se permitem opinar e colocar de uma forma objetiva em seus pontos de vista diante dos fatos.

Criando um jornalismo mais dinâmico, que interessaria mais o público, o jornalismo de idéias deixou muitos jornalistas receosos, mas viram que seria impossível impedir a evolução da imprensa, uma transformação que ficaria cada vez mais evidente é que o jornalismo começa a se expandir,cada vez mais existiam mais pessoas alfabetizadas portanto mais leitores.

Nesse momento, o jornalismo se torna uma ferramenta importante para expor as opiniões diante dos fatos que aconteciam, assim seria possível ter uma visão mais critica desde o estado até da própria sociedade.

Com o tempo, o jornalismo deixa de ser apenas uma ferramenta de utilidade pública ou exposição de um ponto de vista e também começa a ser considerado uma empresa (visando o lucro) perdendo um pouco seu espaço para a publicidade.

Não satisfeito apenas em perder um pouco o espaço para a publicidade, os jornais tornam-se cada vez mais refém dos interesses de certas pessoas, assim ignorando o princípio do jornalismo que é servir o público.

Acompanhando as transformações do mundo, o jornalismo também muda, são criados novos tipos de jornalismo, como por exemplo, o jornalismo humorístico e o jornalismo sensacionalista.

Jornalismo Sensacionalista

Considerado uns dos pontos negativos do "novo jornalismo", a imprensa sensacionalista tem como único objetivo prender a atenção do público a qualquer custo, visando sempre a audiência, esse tipo de jornalismo torna-se cada vez mais evidente com a guerra do capitalismo que vivemos hoje em dia, na busca exarcebada pela audiência, o sensacionalismo empobrece cada vez mais o jornalismo.

Preocupado apenas em falar o que o público quer ouvir, esse tipo de jornalismo esquece que a verdadeira função vai além de relatar os fatos, mas também propor soluções que ajudem a resolver os problemas apresentados.

Um programa onde é muito claro ver os traços desse tipo de jornalismo é o extinto Aqui Agora que durante muitos anos foi uns dos primeiros colocados na audiência do SBT. Sempre tendo como base reportagens policiais, especialmente assassinatos e crimes escandalosos,exibia fofocas do meio artístico e um quadro sobre a defesa do consumidor.

Serviu de inspirações para programas como Cidade Alerta e Brasil Urgente.

O Sensacionalismo é caracterizado pelo exagero, apelo emotivo e pelo uso de imagens fortes e serviu de inspiração para a criação de um tipo de imprensa, a imprensa marrom que é baseada no exagera e/ou na invenção das notícias.

terça-feira, 28 de abril de 2009

Filme: Leões e Cordeiros

Leões e Cordeiros trazem um retrato arrebatador de várias pessoas envolvidas em diferentes aspectos da guerra no Afeganistão: um político (Tom Cruise) que pretende vender sua mais nova "estratégia completa" à jornalista de um noticiário de TV (Meryl Streep); um professor idealista (Robert Redford) que tenta convencer um de seus alunos mais promissores (Andrew Garfield) a mudar o curso de sua vida; e dois rapazes (Derek Luke e Michael Peña) em combate nas montanhas cobertas de neve do Afeganistão, cujo desejo de dar sentido à vida fizeram com que se alistassem no exército americano.

Publicidade x Jornalismo

Desde quando nasceu, o jornalismo vive atrelado ao capitalismo, sistema que visa o lucro em qualquer situação. Mas até quando essa fome pelo lucro pode prejudicar a credibilidade da notícia?

Sabemos que os jornais sobrevivem principalmente da renda que as empresas fornecem para estampar suas marcas nos diversos veículos informativos, e isso é preocupante, pois será que informações são acobertadas para que o patrocinador não deixe de pagar por seu espaço no jornal?Será que a Ética é deixada de lado para dar espaço ao lucro?

Se a coisa realmente funcionar desse jeito, a liberdade de imprensa é apenas uma máscara que encobre matérias pagas e priva os jornalistas sérios de fazerem seu trabalho, que é mostrar a verdade nua e crua, doa a quem doer.

Precisamos rever os valores e lutar pela independência da mídia, lutar pela verdade e pela satisfação dos leitores, para que fiquem sabendo da verdade, e não sendo iludidos por montanhas de dinheiros que encobrem montanhas de problemas.

A mídia influencia na vida das pessoas?

A interferência da mídia na população brasileira é clara, não só por parte da população, mas também pela própria mídia, que muda as programações a qualquer custo e produz programas sensacionalistas apenas com o intuito de ganhar audiência. Cada vez é mais evidente o quanto a mídia influencia as pessoas no modo de agir, de pensar e até no modo de se vestir.

Pelo motivo do jornalista ser formador de opinião, um único fato pode ter várias interpretações de acordo com os pontos de vista apresentados, mantendo se fiel na busca pela verdade. Como sabemos as pessoas não tem acesso a todas as mídias e nem a todos os canais dentro delas, mas quase sempre confiam em uma mídia e em um canal , assim como era antigamente com o repórter ESSO , onde pessoas só acreditavam em notícias dadas por ele.

A população é facilmente influenciada pela mídia principalmente quando esta relacionada a novelas e seriados que na maioria das vezes abrange um público numeroso. Tudo que é explorado de forma positiva pelas novelas tem como conseqüência um ciclo vicioso, onde as pessoas ao verem seus ídolos com belas roupas, carros importados e estilos arrojados tentam imitar aqueles que admiram.

Além de novelas, a mídia também muitas vezes passa uma imagem irreal dos países, cidades, empresas, onde demonstra apenas o que é de seu interesse. Por exemplo, quando falamos da África , todos pensam em animais na rua, pobreza, fome e etc. e se esquecem das belezas naturais que torna uns dos lugares mais interessantes para se conhecer.

O mesmo não acontece em lugares com a Europa e os EUA que com um histórico positivista passam sempre uma imagem de maravilhas dispensando os problemas que atingem a região.

Contando História

Ao perguntar a uma pessoa as origens do jornalismo, ela provavelmente citara Johannes Gutenberg, o inventor alemão que revolucionou a técnica de reprodução de textos aperfeiçoando a tecnologia de impressão e tipografia.

A partir de tipos móveis (prensa móvel), que é uma evolução dos blocos de impressão, Gutenberg ficou famoso e facilitou a difusão do jornalismo pelo resto do mundo.

Portanto Johannes Gutemberg, em 1440, com a criação dos tipos móveis, criou o jornalismo. Não é bem assim. Como já explicado ele facilitou a difusão, não criou ou inventou o jornalismo.

Não há uma data ou um ano correto para o início do que chamamos de jornalismo. Muito tempo antes da invenção de Gutenberg já havia indícios da escrita. Mas muito tempo antes mesmo. As primeiras reproduções de escrita são do século XVII a. C. e foram feitos por sumérios e mesopotâmios.

O primeiro jornal regular era a Acta Diurna do Império Romano. Criada por Julio Cesar em 59 a. C. tinha como função trazer notícias militares, obituários, crônicas esportivas, entre outros assuntos.

O primeiro jornal em papel tem suas origens no oriente, mais precisamente em Pequim, na China. Era publicado como um panfleto manuscrito a partir de 713 d.C e em 1041, também na China foi criado o tipo móvel. Quatrocentos anos depois, aproximadamente, um homem chamado Johannes Guttenberg, cujo pai e tio trabalhavam na Casa da Moeda do arcepispo de Móguncia e foi ali que provavelmente ele aprendeu a arte de precisão em trabalhos de metal e, em 1428, foi para Estrasburgo onde fez os primeiros experimentos com a imprensa, e onde deu a conhecer sua idéia que alguns anos depois iria revolucionar o mundo.

A tecnologia recém criada por Guttenberg consistia em caracteres avulsos gravados em blocos de madeiras ou chumbo que eram arrumados numa tábua para formar palavras e textos.

Essa arte propagou-se com tamanha rapidez pela Europa que entre 1452 e 1470, a imprensa conquistou nove cidades germânicas e várias localidades italianas, bem como Paris e Sevilha. Dez anos depois registrava a existência de oficinas de impressão em 108 cidades.

Na época que antecede a Revolução Industrial, já existia a imprensa periódica na Antuérpia e na Alemanha. Em 1621, surgiu o primeiro jornal particular de língua inglesa e no ano seguinte surgiu uma parceria entre oficinas de impressão holandesas, germânicas e inglesas, determinando uma troca de noticias entre elas. No mesmo ano foi fundado, em Londres, o Weekly News que, a partir de 1638, seria o primeiro jornal a publicar noticiário internacional.
E em 1641 foi fundado em Portugal o primeiro jornal em língua portuguesa, era a Gazeta de Lisboa.

Gutenberg


Johannes Gensfleisch zur Laden zum Gutenberg nasceu em Mainz na década de 1390 e faleceu no dia 3 de Fevereiro de 1468. Foi um inventor alemão que revolucionou a forma de transferir informações com a invenção da imprensa de tipos móveis de chumbo fundido.
Desde cedo, sempre mostrou grande interesse pela leitura. Filho de comerciantes, ainda jovem, Gutenberg já havia lido todos os livros de sua casa. Trabalhou como joalheiro e estampador de lâminas antes de mudar de sua cidade natal para Estrasburgo, em 1428, onde passou viveu durante muito tempo e deu início às primeiras tentativas de imprimir com caracteres móveis.
A invenção de Gutenberg foi concluída em 1440 e é uma adaptação de prensas usadas em vinícolas. Essas prensas, inventadas por ele, eram muito mais práticas que as anteriores. Antes dessa adaptação, a forma de se produzir, na Idade Média, era por meio de blocos de pedra ou tabelas gordas e pesadas que apoiadas sobre uma matriz de impressão, já com tinta, transferiam sua imagem a um pergaminho ou a um papel.
Tipos móveis é uma melhoria desses blocos de impressão. As vantagens dos mesmos é que são mais duradouros e resistentes por serem feitos a chumbo fundido, e por isso eram reutilizáveis. A contribuição de Gutenberg foi a introdução de caracteres individuais de metal e o desenvolvimento de tintas à base de óleo. Essa invenção facilitou a difusão e a massificação dos trabalhos impressos. Além disso, proporcionavam maior versatilidade ao processo de elaboração dos livros e outros impressos.
O primeiro livro impresso por Gutenberg com sua invenção foi a Bíblia, um trabalho que durou cinco anos e terminou em 1455. O livro tem 641 páginas, e foram produzidas cerca de 300 cópias, das quais ainda existam provavelmente 40. Nem todas as cópias são iguais. No início de alguns novos capítulos existem letras pintadas à mão.
A descoberta desse homem mudou pra sempre a forma de fazer jornalismo. O que era primitivo e quase sem forma, se tornou rápido e eficiente. Se não fosse a invenção da imprensa de tipos móveis de Gutenberg o jornalismo não estaria globalizado e difundido, como é hoje.

A História do Presente

Democracia, capitalismo, tecnologia e globalização são as palavras-chaves para a transformação do jornalismo antigo para o que é hoje. São temas discutidos diversas vezes e vistos de diversas maneiras, mas independente de opiniões, é inegável que todos esses fatores ajudam no crescimento do jornalismo. Cada um da sua maneira.

A Democracia dá a liberdade de expressão, que é imprescindível para realizar um jornalismo sério. Em 1808, quando a corte portuguesa chegou ao Brasil, apenas o governo e o clero tinham voz, através da Imprensa Régia. Veículos de comunicação liberais, como o Correio Braziliense, eram produzidos fora do país e circulavam de maneira ilegal.

Com o capitalismo há o que chamamos de relação mutua. Um precisa do outro e vise-versa. Com o crescimento do capitalismo, o jornalismo também ganhou forças e a necessidade e qualidade de informações cresceu.

Dinamismo é o grande segredo do uso da tecnologia no jornalismo. Agilidade e uma diversidade maior são os benefícios que a tecnologia proporciona ao jornalismo.

E quem fica sabendo das informações passadas? O mundo todo. Essa é a globalização. Em questão de minutos um tsunami ocorrido na Ásia é transmitido para a América.

Graças a isso, hoje, o jornalismo é extremamente difundido. Passada de diversas formas e em diversas mídias, a notícia está chegando facilmente ao público. Rádio, internet, televisão, jornal, revistas e celulares nos informam 24 horas por dia. Podemos dizer que antigamente, as pessoas iam atrás da notícia, e agora, é a notícia que vai atrás de nós.

Das mídias citadas, as mais tecnológicas tem mais espaço. Televisão e internet, juntas, têm mais público que todas as outras mídias juntas. Mas, por serem as mídias mais novas, não tem por algumas vezes a credibilidade que os jornais e o rádio têm.

O que pode ser perguntado é: A sociedade mudou por causa do jornalismo ou o jornalismo mudou por causa da sociedade? Acho que é algo como a relação de capitalismo e jornalismo. Uma relação mútua. A sociedade precisa ser informada para ter condições para viver e essa é a função do jornalismo. Cada vez mais adaptado à necessidade das pessoas, o jornalismo muda rapidamente para atender mais pessoas e com uma qualidade e facilidade cada vez maior.

Esclarecendo...

Do Passado à Atualidade

As três imagens apresentadas nesse link são para entendermos algumas diferenças básicas entre os escritos antes e depois das invenções Gutenberg. Observe a diferença entre as letras, cor e estrutura do papel.
Precisamente, a segunda imagem é uma representação do modo com que eram reproduzidas as notícias, pode-se perceber que a estrutura era simples, feita de madeira, entretanto, já havia certo avanço em relação ao passado, em que os produtores faziam sob uma pedra.
Com a imagem de uma reportagem atual, é possível constatar como a tecnologia atua nos meios de comunicação. Temos imagens coloridas, organização textual, além da agilidade com que as informações chegam até nós.

História em Vista

O vídeo a seguir conta a historia do surgimento do linotipo, em 1886, expondo sua função, bem como, destacando as diferenças entre o modo com que o post era feito antes e depois da invenção do mesmo.